domingo, 8 de setembro de 2013

DIABETES E GORDURAS - Dr. Sang Lee

DIABETES E AS GORDURAS

Dr. Sang Lee
        Há alguma novidade nessa doença tão comum que mereça nossa atenção? Sim, muita. De certa forma, esse conhecimento mudará completamente a maneira de encarar e tratar a doença. Mas como era considerado o diabetes até então? Classicamente, era definido como uma alteração do açúcar ou glicose no sangue.
        Em pessoas normais, temos taxas de glicose que variam 70 mg% a 110 mg% no plasma sangüíneo. Isso em jejum. Numa pessoa diabética, a taxa estará sempre acima desses valores. Podemos encontrar valores de 150, 180, 200, 300 ou mais miligramas em cada 100 ml  de plasma. Em outras palavras, há um excesso de glicose no sangue.
        Ao mesmo tempo que a glicose se acumula no sangue, falta nas células e tecidos. As células, que necessitam de glicose para produzir sua energia, passam por racionamento. Essa incapacidade da glicose penetrar nas células e fornecer a energia necessária às atividades vitais é atribuída à falta de insulina. A função da insulina é “abrir as portas das células” para a glicose entrar. Como falta insulina, as portas não são abertas, a glicose não entra no interior das células e a conseqüência disso é o seu acúmulo no sangue.
        Fica congestionada no sangue e o excesso começa a ser eliminado pela urina. Daí o nome diabete-melitus (urina doce).
        Com base nessa análise, o tratamento que se faz para os doentes portadores de diabetes é restringir a quantidade de açúcar e de alimentos que venham a ser transformados em glicose na digestão, e estimular o pâncreas a produzir mais insulina. Quando isso não resulta em baixa do açúcar no sangue, é aplicada uma dose de insulina através de injeção diária debaixo da pele. 

SINTOMAS DO DIABETES

       Quais são os sintomas de alguém com diabetes? Como há muito açúcar no sangue, mas pouco à disposição das células, instala-se a falta de combustível. Falta energia. O doente fica cansado. Desanimado. Não tem forças suficientes para suas atividades normais. Além disso, como o excesso de glicose é eliminado pela urina, ela aumenta em quantidade. Pela perda de muito líquido pelos rins, desencadeia-se a sede e o doente bebe muita água.
        Estudos recentes no campo da ciência médica têmmudado esses conceitos tradicionais. Ao invés de aceitar essa explicação sobre a origem da doença, foram feitos vários estudos ao nível de células individuais.
        A primeira verificação foi em relação à insulina. Por que ela estava faltando e quanto faltava? Para sua surpresa, os cientistas verificaram que em vários casos de diabéticos não havia, absolutamente, falta de insulina; pelo contrário, havia até insulina em maior quantidade no sangue do que em pessoas normais.
        “Como isso pode ser assim?”, perguntaram os cientistas. Eles sempre pensaram que a falta de insulina era a causa do diabetes. Agora verificavam que, mesmo com insulina em quantidade normal, a doença já existia. Isso os levou a procurar outras causas.
        Primeiro, verificaram se o problema não estava com a própria célula. “Quem sabe a célula que precisa da glicose não consegue abrir a porta para que a glicose entre”. Foram, pois, examinados os mecanismos de abertura dessas células para ver se tudo estavam em ordem. Constataram que a entrada da glicose era possível. Os mecanismos de abertura estavam funcionando bem.
        “Por que então não entra glicose nas células? Há glicose à vontade, há insulina, mas nada dentro das células e, no entanto, as portam funcionam. Por que as portas não se abrem?”
A CAMPAINHA DA CÉLULA        
Alguém teve a idéia: “Deve haver uma campainha ou algo semelhante que chama a célula e permite a abertura da porta para a entrada do açúcar”.
        Essas campainhas, chamadas também de “receptores”, foram então pesquisadas e descobriram que tinham desaparecido! O que aperta essas campainhas é a insulina. Mas embora ela apertassem as campainhas que sobravam, nem sempre funcionavam. Elas estavam emperradas. Não  sinalizavam para a célula a necessidade de permitir a entrada da glicose.
        Havia glicose, a insulina batia à porta da célula, mas esta não ouvia o sinal e a porta permanecia fechada. Resultado: a glicose aumentava no sangue, as células reclamavam para o cérebro que faltava combustível, este dava ordem ao pâncreas para mandar mais insulina para abrir as células, mas nada.
        Com o tempo, a própria insulina passava a escassear por exaustão do pâncreas. O diabetes complicava-se mais e mais.
        Faltava agora descobrir por que a campainha da célula não funcionava mais. “Seria o próprio açúcar o culpado?” Os cientistas chegaram à conclusão de que não.
        Havia excesso de açúcar porque ele não era devidamente utilizado. Caso as células admitissem a sua entrada, ele logo se normalizaria na corrente sangüínea. Descobriu-se finalmente o segredo, testando voluntários com tipos diferentes de dieta.
        A um grupo foi fornecida muita quantidade de açúcar, para observar se o excesso seria eliminado na urina como no diabético. Somente depois de muitos dias, o excesso de açúcar começou a ser eliminado com a urina. Quando, porém, alimentavam o mesmo grupo com grande quantidade de gordura, poucos dias depois, começavam a eliminar açúcar na urina.
        Concluíram os cientistas: “O problema principal na origem do diabetes é o excesso de gordura”. A gordura emperra a “campainha” da porta, impedindo a entrada do açúcar na célula. Como conseqüência, acumula-se o açúcar no sangue e o excesso é eliminado pela urina.
        O cuidado e o tratamento devem ser dirigidos contra a gordura e não tanto contra o açúcar. Logicamente, excesso de açúcar na dieta de um paciente não fará nenhum bem. Mas a sua restrição não será, igualmente, tão benéfica. Deve ser restaurado o funcionamento normal desses receptores, a fim de permitir a plena entrada da glicose e posterior aproveitamento pelas células.
        Muitos desses receptores já não existem. Podem, porém, ser novamente formado se funcionar sem problema. Sim, desde que se omita da alimentação as gorduras, principalmente as de origem animal.
        A retirada de gordura facilita essa função da célula. Ao mesmo tempo, o diabético deve fazer mais exercício. O exercício aumenta a necessidade de energia que as células devem produzir a partir da glicose. Essa necessidade estima os genes celulares a produzir novas campainhas e, livres da gordura, elas passam a funcionar perfeitamente, permitindo à insulina o seu trabalho de apertá-la e franquear a entrada de açúcar nas células.
        Assim, a saúde da célula pode ser  estabelecida: com alimentos sem gorduras. Não há necessidade de excesso de cuidados em relação aos carboidratos (açúcares), que devem ser de origem integral, pois os integrais favorecem uma digestão mais adequada para o aproveitamento das células.
        Novamente, frutas, legumes e cereais integrais, associados a exercício adequado, farão muito na recuperação de um diabético.

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VERÔNICA MIRANDA
Culinarista 
(pratos veganos e vegetarianos)
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